Qualquer Erro
Já não mais percebesse qualquer erro
Aonde o que se fez agora nego,
O rumo se perdendo onde o renego,
O manto se condena ao vão desterro,
E bebo da existência em vago cerro
Distante do que possa, mas meu ego,
Apresentando o passo sempre cego,
Encontra a cada queda o mesmo aterro
E os sonhos, pesadelos, erros, párias,
As lutas mesmo sendo necessárias
Jamais me poderiam transformar,
O quase se perdendo num instante
Somente o quanto resta não garante
O encanto que tentei em vão buscar...
Marcos Loures
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