quinta-feira, 21 de junho de 2012

COTIDIANAMENTE

COTIDIANAMENTE

Falando desse amor de todo dia
Novelas, vizinhança e futebol,
Mil dores disfarçadas da alegria
Cotidianamente o mesmo sol.

Cansado de matar a poesia,
Amor vai se fingindo girassol.
Na boca que beijou não beijaria
A noite mais escura sem farol.

Crianças desfilando pela casa,
Deitando no sofá domingo afora.
Chamusca bem mais fraca a forte brasa.

Segunda recomeça a ladainha
Felicidade chove, mas lá fora,
Aqui a noite segue tão sozinha...

MARCOS LOURES

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