COTIDIANAMENTE
Falando desse amor de todo dia
Novelas, vizinhança e futebol,
Mil dores disfarçadas da alegria
Cotidianamente o mesmo sol.
Cansado de matar a poesia,
Amor vai se fingindo girassol.
Na boca que beijou não beijaria
A noite mais escura sem farol.
Crianças desfilando pela casa,
Deitando no sofá domingo afora.
Chamusca bem mais fraca a forte brasa.
Segunda recomeça a ladainha
Felicidade chove, mas lá fora,
Aqui a noite segue tão sozinha...
MARCOS LOURES
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