NAS PENAS DO DESTINO
Ao ver um beija-flor, nesta manhã,
Lembrei de tua boca junto à minha.
Delícias que vivi em doce afã
Nas asas dessa simples avezinha.
O grande amor, pensei que a gente tinha,
Mas nada disso teve um amanhã.
Morrendo qual a flor que, tão sozinha,
Perfuma simplesmente em vida vã.
Na boca deste pobre passarinho,
O beijo que tentei e não me deste.
Morrendo em tanta sede de carinho;
Relembro nosso amor que já perdi.
A solidão em penas que me veste
Nas penas do destino/colibri...
MARCOS LOURES
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