sábado, 23 de junho de 2012

NAS PENAS DO DESTINO

NAS PENAS DO DESTINO

Ao ver um beija-flor, nesta manhã,
Lembrei de tua boca junto à minha.
Delícias que vivi em doce afã
Nas asas dessa simples avezinha.

O grande amor, pensei que a gente tinha,
Mas nada disso teve um amanhã.
Morrendo qual a flor que, tão sozinha,
Perfuma simplesmente em vida vã.

Na boca deste pobre passarinho,
O beijo que tentei e não me deste.
Morrendo em tanta sede de carinho;

Relembro nosso amor que já perdi.
A solidão em penas que me veste
Nas penas do destino/colibri...

MARCOS LOURES

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