VELHOS NINHOS
Se nem as rosas sabem passarinhos,
Perdidos pelos ares, sem sossego,
Não posso me conter em velhos ninhos,
Dos quais não tive nunca nem apego.
Na busca por carinhos, peito cego,
Meus dias se mostraram mais sozinhos.
No fundo, tanto amor que enfim eu nego,
Bebendo mais vinagres do que vinhos...
Restando tão somente uma amizade
Daquela que se foi por outros mares.
Resquício do que fora claridade,
Mas mesmo assim intacta sensação
Maior, eu reconheço, que os amares,
Mais forte que a loucura da paixão...
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