MÃOS CARIDOSAS
Tuas mãos tantas vezes caridosas,
No desespero vidas salvam, matam...
Com carinho, suaves me maltratam....
Têm espinho e também recendem rosas...
Unidas vão pedindo piedosas,
Num abraço por vezes me arrebatam.
Mas cruéis se divertem e me caçam...
Na procissão caminham andrajosas...
Ultrajes e calúnias, mãos sedentas.
Repartem solidárias, mas são lentas
Nas carícias que fazes - nosso quarto...
Ajudas nos delírios novo parto...
Tuas mãos que silentes falam tanto...
Aplacam a dor - causam todo o pranto.
MARCOS LOURES
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