sexta-feira, 14 de setembro de 2012

MEU OUTONO

MEU OUTONO

Nessas folhas caídas , meu outono
Distante de uma bela primavera
tragando o pensamento em abandono
inverso se aproxima, esta quimera
transborda tão somente mal ressono.
Inverno terminal. Ai quem me dera;
Meu Pai me concedesse; como abono,
um último suspiro que amor gera.
nos meus tempos felizes que se foram
Menino, procurando o seu futuro,
Não sabendo, entretanto quanto é duro
O perder dos amores que ficaram.
As esperanças todas, se acabaram.
Já fui. Agora espreito sobre o muro...

MARCOS LOURES

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