quarta-feira, 12 de setembro de 2012

SEMPRE PENSO

SEMPRE PENSO

Tanto sorriso exposto sem ter senso,
Em tal sentido inverso aos meus desejos.
Se eu quis, não fora simples, nem imenso,
Teve essa dimensão nestes ensejos.

Nos ínfimos detalhes, sempre penso,
No que não poderia falsos beijos,
Por onde ela andaria? Fico tenso
Imaginando luzes, teus lampejos...

Se nesse gargalhar, me trazes luto,
É que, embora vagão; conheço o trem.
Não me venha dizer que sou tão bruto,

Bem sei que depois, sabes o que vem,
Minhas melancolias; sei, amputo...
Não restando mais nada nem ninguém

MARCOS LOURES

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