A PELEJA DO BORSONÁRO COM O MADAME SATÃ
Sem sabê disincarnô
E pensano ser sucáro
O qui o demo lhe sargô
Incontrô no seu camim
Umas coisa deferénte
E correno,o trem ruim
Qui na vida num foi gente
Apóis tanta falação
Defeneno a dita dura
Sem sabê da ingratidão
Do demoim com tár locura
Teve a sorte caprichosa
De na mesma nuve vi
Um sujeto adeferente
Desses qui eu conheci,
Cum oiá mais indecente
Qui se visse por ali.
Um neguim desses magrelo
Com as unha de vermei,
Pra falá inté martelo
O bichim era mais fei
E zoiano o Borsonáro
Com o oiá isfomeado,
Preguntô se ele era o cabra
Qui num gosta dos viado.
O difunto seno fresco,
Dando já de cabra maxo
Foi oiano cima im baxo
O diacho do sujeito,
Foi lógo meteno os peito
E já dando um esculacho
Provocô a figurinha
Que de tanto magrelinha
Num guentava nem um soco,
Mais dispois, de munto poco
Veno lá o tár de Emio,
Que de merde-se chamava,
Esse entonce pur um fio,
Precebeno a coisa brava
Disse pro sô Borsonaro
Larga de sê cabra otaro
Que vancê parece loco
Num se bole cum tal bicha
É mió invitá rixa
Qui o negóço é cumpricado.
Numa históra tão mársã
Vassuncê, meu cumpanhero
Vai sinti do enxofre o chero
Esse é madame Satã.
Borsonaro entonce riu
E partiu pra gozação,
Num momento o que si viu
Virô doida pérdição
Rasteira, rabo de arraia
Pé na bunda e pescoção
O troço pegano fogo,
No inferno a confusão
Borsonáro já quebrado
Cum deiz dente arregaçado
Com as bunda ora pru riba
Foi sintino na verdade
A tár da promiscuidade
Numa ardença, na tortura
E sintiu cumo é dirfice,
Mais dispois deu gulodice
Quando viu a dita dura...
MARCOS LOURES
Nenhum comentário:
Postar um comentário