quarta-feira, 13 de fevereiro de 2013

VASCULHO CADA CANTO

 VASCULHO CADA CANTO

Meus olhos te procuram pela casa,
Vasculho cada canto, nada vejo.
Apenas o retrato de um desejo
Que em fogo me incendeia e assim me abrasa.

Aos poucos, solidão apaga a brasa,
E a dor que nunca cessa, eu já prevejo
Esta última parceira; não almejo.
Somente uma saudade me extravasa,

Pois nela posso ver o teu retrato
Embora distorcido, na verdade.
Revejo com prazeres cada fato

Vivido nesta casa, em nosso quarto.
Lambido pelos olhos da saudade
Sonhando; ao infinito logo parto.


CONFRARIA LOURES

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