AMÁLGAMA DOS SONHOS
A vida ano que vem, talvez quem sabe
Num quase que não tenho já faz tempo.
No passo de quem vai que não se acabe
A pedra no caminho é contratempo?
Bebido deste vinho, pás carrego
Cultivo o que não quis, fazer o quê?
Procuro pelo amor, porém sou cego,
O gozo de viver: diz-me- cadê?
Amálgama dos sonhos, sombras feitas
Batuca uma vontade de aguardente.
A lua te sarrando enquanto deitas
Cravando em minhas costas, unhas, dentes.
Acredito que possa, enfim, voar
Deitando meu tesão neste luar...
MARCOS LOURES
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