MEUS TEMPOS DE CRIANÇA
Meus tempos de criança, a vida leva
E deixa tão somente o quanto um dia
Pousasse em voz soturna e até sombria
Fazendo do brilhante sol, a treva,
Negando em aridez a minha ceva,
O pouso noutro encanto mostraria
A face mais atroz da fantasia
Que agora tão distante e rude, neva.
Procuro dentro da alma algum sinal
De um dia que pudesse noutro astral
Traçar alguma luz ao fim de tudo.
Porém, mal percebendo esta tolice,
O próprio caminhar me contradisse
E mesmo sem apoio algum, me iludo...
Marcos Loures
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