ESPECTRO
Apenas um espectro celerado
Que vaga pelas noites sem paragem,
Especular visão, sombria imagem
Restolho de um escombro do passado,
O olhar assim distante está parado,
Sem ter um horizonte, uma miragem
Traduz ao longe o gozo da estalagem,
Mas vejo novamente estava errado.
Recolho os meus pedaços e prossigo,
Nas rotas fantasias que inda restam
Relíquias que em detalhes sempre atestam
Um conforto longínquo em manso abrigo,
E agora este farrapo, a noite traz
Tentando pelo menos, morte em paz...
MARCOS LOURES
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