O CORAÇÃO
Se às vezes mesmo poucas inda lucro
Apontando estrelinhas sem verrugas,
Olhando para o espelho crio rugas,
E o coração persiste burro xucro.
Desenho; a cada verso o meu sepulcro,
Sabendo o desencanto em que tu sugas,
Deixando para trás antigas fugas,
Usando da esperança como um fulcro.
Buscando da verdade um grande zoom
Eu sei que por resposta ouço o nenhum,
Que faço se eu deixei pra trás o umbigo?
Os pés no meu passado cimentados,
Ouvindo do futuro os seus recados,
Um velho ultrapassado, já nem ligo...
MARCOS LOURES
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