domingo, 10 de março de 2013

O TEMPO

 O TEMPO


O tempo renegando a solução
Que tanto desejei e nunca vinha
A sorte se mostrando noutro rumo
E quando vejo a luta em dimensão
Diversa da que tanto me acostumo
Enfrento tão somente a negação,

O mundo desenhando em negação
Negando o que pudesse em solução
Não traz sequer o quanto me acostumo
E a luta sem descanso já não vinha
Mostrando o quanto cabe em dimensão
Dispersa o meu caminho em tosco rumo.

Além do que pudera sempre rumo
E nisto se desenha a negação
Ousando acreditar na dimensão
E nisto se aproxima a solução
Tramando o que pudera e não mais vinha
Ao fim após a guerra eu me acostumo.

O tanto quanto possa, e se acostumo
Mudando com firmeza além o rumo
Sabendo o que em verdade sei que vinha
Traçando tão somente a negação
Refaz a cada passo a solução
E traça esta sobeja dimensão.

Meu mundo se mostrando em dimensão
Enquanto na verdade me acostumo,
Procuro nos teus olhos, solução
E tanto quanto quero e vejo e rumo
Explica a mais diversa negação
E o todo desejado ora não vinha.

Cevando com ternura a velha vinha
O quanto me engrandece em dimensão
Dispersa do que tanto em negação
Trouxesse o quanto possa e me acostumo
Marcando a cada dia enquanto eu rumo
Tentando no horizonte a solução.

A vida em solução já não mais vinha
E assim eu sigo o rumo em dimensão
E aos poucos me acostumo à negação.


MARCOS LOURES

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