INCENSOS DA ESPERANÇA
Incensos da esperança no vazio
Do tempo que destrói cada segundo
E quando de outro engano ora me inundo
Apenas o meu erro ora recrio.
Bebendo tão somente o desvario
O passo se resume e me aprofundo
No vago caminhar de um vagabundo
Descendo mansamente o velho rio.
Não quero e não pudera ser diverso
Do todo que se mostra enquanto imerso
Nas tramas mais vorazes do passado,
O mundo anunciando o que não veio,
Somente resumindo em devaneio
O todo que deveras já degrado.
MARCOS LOURES
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