quinta-feira, 16 de maio de 2013

MUITO ALÉM DO QUE EU PUDERA

MUITO ALÉM DO QUE EU PUDERA

Devendo muito além do que eu pudera,
Arrendo esta arredia noite vã
Somente vejo em mim diversa cã
E o tempo no final se degenera.

Palavra que buscara mais sincera
Ousando acreditar noutra manhã
Vestindo a fantasia em rude afã
Não vejo a minha morte como fera.

Somente descansando deste nada
Enquanto esta emoção decerto evada
Da noite mais sombria em tom eterno,

Ainda que pudesse não externo
Meu tempo sem saber de uma alvorada
Trazendo à própria vida último inferno.

MARCOS LOURES

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