Não pude e nem devesse ver além
Do quanto se quisera noutro engano
E sei que no final se me profano
Os erros do passado sempre vêm,
E o manto se desenha e segue quem
Traduz o mesmo corte em novo pano,
A morte na verdade um soberano
Caminho sem temor, medo ou desdém,
Esqueço dos meus dias quando tento
Vencer a profusão do imenso vento
E tanto quanto pude e nada veio,
Apenas reconduzo o passo aonde
O todo com certeza; jamais sonde
Além do mero ocaso em vão receio.
MARCOS LOURES
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