Não pude nem sequer tentar a luz
Aonde o medo dita a escuridão,
As horas no futuro mostrarão
Apenas o que o vago reproduz,
O sonho sem saber nem mesmo o pus
Nos cantos mais audazes, velho chão
Tentando desenhar aos poucos grão
Do tempo sem destino, faço jus.
Não amo e nem sequer pudesse ver
Após o meu caminho esmorecer
Um átimo diverso do que tenho,
E quando neste engodo meu empenho
Açoda cada passo rumo ao farto,
O tempo sem ter nexo; ao fim comparto.
MARCOS LOURES
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