quarta-feira, 18 de abril de 2018

AMARA

Responde ao que pudesse sem sentido

E o nada se adensando no meu peito

E quando no final já não me aceito

O tempo a cada engano dilapido,


Cansado de lutar, nunca duvido

E sei da solidão quando me deito

Rondando sem sentido o ledo leito

Meu canto de esperanças desprovido.


O prazo sem prazer e neste ocaso,

A luta sem vitória e já me atraso

Resulto do que tanto desejara,


A lua se aproxima e rege o mar,

Aonde poderia caminhar

Apenas a emoção atroz, amara.

MARCOS LOURES

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