Dos víveres diversos, prateleira
Dos sonhos não me trouxe este alimento
E quando no final ainda tento
Palavra aonde o nada enfim se queira,
A luta sem sentido, aventureira
Manhã enquanto possa em provimento
Do ledo desenhar escasso vento,
E nada se aproxima onde é ligeira
A lida não permite algum descanso
E quando no final a morte alcanço
Esvaio num segundo e sendo assim,
Depois de tanta noite em desafio,
A sorte diz do tempo mais sombrio
Ditame prenuncia o amargo fim.
MARCOS LOURES
Nenhum comentário:
Postar um comentário