Não pude desenhar sequer o quanto
Amor já me traria novo passo,
E quando algum momento ainda traço
O todo se apresenta em desencanto,
Ainda quando muito não garanto
Sequer o que pudera em tal cansaço,
Destarte este caminho que hoje faço
Escancarando o peito dita o pranto,
Mergulho nos vazios costumeiros
Tentando conservar velhos canteiros
E nada do que pude ainda trago,
A luta sem porvir, o medo e a queda
O passo sem destino hora se veda
E gera dentro da alma um canto vago.
MARCOS LOURES
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