Sou puta, santa ou deusa, uma rainha
Escrava de quem tanto desejei,
Sem ter pudor algum, o amor é lei
E nele toda a glória se continha.
Vencendo cada antigo preconceito
Gerando a liberdade em que me entranho
O amor perpetuando todo o ganho,
Do modo mais sublime, agora aceito,
Esgotando em si mesmo, já se basta
Razão para viver e ter decerto
Além deste vazio que eu deserto
Imagem puritana, tola e casta
Entrego-me ao prazer, sobeja tônica
Que move uma mulher intensa e hedônica.
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