segunda-feira, 3 de janeiro de 2011

Não vou deixar que o vento me carregue
E traga nada além de versos tortos,
Meu barco não se pondo noutros portos
Enquanto a vida além teima e prossegue,

O tanto que pudera e assim já segue
Em dias na verdade semimortos,
Há muito alimentando natimortos
E o quanto se desenha e não consegue

A vida se aproxima de tal fato
E quando algum sentido enfim resgato,
Percebo o mesmo caos aonde houvera

Somente o que tentei e não sabia
Vivendo o desengano e a fantasia
Matando em duro estio a primavera.

Quisera tão somente alguma sorte
Depois de tantos erros, costumeiros
E quando me percebo sem luzeiros
Não tendo nem o quanto me conforte,

Meu passo que pudera ser mais forte
Os dias entre tantos jardineiros
Ousando nestes campos derradeiros
E nada mais que eu tente inda suporte,

Vagando sem destino, imenso mar,
Pudesse noutro enredo desenhar
A vida sendo assim, suave e mansa,

Mas quando vejo o brilho do nefasto,
Meu mundo se demonstra agora gasto
E o tanto quanto quis, decerto cansa.


Não pude e nem devesse ainda ver
Após o quanto resta dentro em mim
Marcando o meu início, até o fim,
Vivendo o que pude sem saber,

O canto sem saber o que trazer
E deixo o meu cenário e sei que assim
O tempo se aproxima e vejo enfim
A vida sem sentir em vão querer,

Ausento dos meus dias, e prossigo
No quanto tantas vezes vou contigo
Tentando no final algum alento

O passo se desenha sem sentido
E o quanto poderia agora olvido
Enquanto com certeza a luz eu tento.

Espero o que inda resta do passado
E gera o meu momento mais gentil,
Depois do quanto pude e se reviu
Assim a cada instante além evado,

Não posso desenhar a vida em fado,
Semente que deveras não se viu,
Matando o quanto em pouco repartiu
Deixando para trás qualquer legado.

Meu passo sem sentido, um erro a mais,
Olhando para os velhos temporais
Não posso enfim sentir senão a queda

E a morte se anuncia sem segredo
Enquanto alguma paz inda concedo,
Meu mundo no vazio se envereda.


O amor tem seus ditames e percebes
O quanto deste sonho é falso ou brilha,
E quando noutro espaço ou noutra trilha
Desvendas o cenário em novas sebes,

Desta magia intensa se te embebes
A vida se traduz em armadilha
Ao mesmo tempo trai e já polvilha
Belezas tão diversas que recebes.

Sentido tantas vezes emblemático
Do canto de um poeta, o bem temático
Que tanto nos maltrata e nos seduz,

E enquanto nos transporta além do céu,
Envolve e como fosse um carrossel
Entrega e nos sonega a rara luz.



No quanto pude crer e não soubera
Assim ao se sentir o mundo em rotas
Diversas das que traçam e denotas
Ousando muito além desta monera

A sorte se desenha em vã quimera
E nisto noutro senso não esgotas
Sabendo quanto possa em vagas notas
E gesta o que decerto degenera.

Moldasse cada engodo de tal forma
Na qual todo momento em vão deforma
Somente este sinal em luta e tédio,

Ainda que talvez restasse um sonho,
Meu passo na verdade este enfadonho
Caminho se perdendo em vago assédio.


No peso se soltando a sorte vejo
Diversa da que tanto procurei,
E quando imaginara em norma e lei
O mundo desenhado em tal desejo,

Ainda mais distante um realejo
Falando do passado aonde entrei
E neste vago tempo eu mergulhei,
E nada no final inda prevejo.

Esculpo do alabastro cenas várias
E sigo em noites turvas solitárias,
Ousando num instante esperançoso.

O prazo se transforma e de tal arte
O mundo na verdade se reparte
E gera o que quisesse em antegozo.


Meu canto em qualquer canto encantos quer
E quando no quebranto se perdendo
O sonho se transforma num remendo
Buscando inutilmente uma mulher

Que tantas vezes sonho e se vier
O mundo noutra face já prevendo
O quanto poderia em raro adendo
Diversa magnitude e o que puder.

Belezas mais sutis e sensuais
Do tanto desenhado busco mais
E bebo cada gota que me dás,

A lua testemunha cada toque,
Amor quando demais tanto provoque,
Moldando logo após a imensa paz.


Não pude acreditar no que tivera
Apenas outra face e desdenhando
O dia que deveras fosse brando
Marcando o meu final de primavera

A luta a cada instante destempera
E gera outro momento anunciado
No encanto tantas vezes degradado
Seara se aproxima do que espera,

A vida noutra esfera se perdendo
E o tanto que pudera hoje é remendo
De um vago desenhar já sem suporte

Do manto consagrado da esperança
Apenas o vazio ora se alcança.
Deixando para trás o sonho, o norte.


Já não comportaria algum alento
Quem tanto procurara pelo menos
Viver dias tranquilos e serenos
E novo caminhar então invento,

O mundo se desenha em sortimento
E vejo outros cenários mais amenos
E sei dos olhos vagos, antes plenos
E cada poesia diz lamento,

No tanto quanto pude e não pedisse,
O tempo transtornando esta mesmice
O caos após o caso dita o rumo

E sei do que seria muito além
E quando na verdade o mundo vem
Somente no teu passo o meu resumo.


O vilarejo dorme em noite mansa,
Um cão perdido ladra; e a vida segue
Ainda quanto mais tudo sonegue
E vejo outro momento e nada alcança

A sorte se desenha em temperança
E quando no final nada prossegue
Minha alma se perdendo não carregue
Sequer o menor brilho e assim se cansa,

As horas invadindo a madrugada
Após o amanhecer o mesmo nada
E o canto se perdendo muito além.

A luta desenhando o quanto é rude
Viver o que decerto tento e pude
Sabendo que ao final já nada vem.


3

Apenas coligindo um novo engodo
Espero caminhar e já coíbe
A vida que deveras nos inibe
E traça além do caos o velho lodo,

Ainda que pudesse com denodo
O tempo por si só dita e proíbe
O canto se desvenda e desinibe
Quem faz da fantasia além do todo;

Arcando com enganos, tento a paz
E sei do que deveras satisfaz
Poética expressão em tal lamento,

Ainda quando ausente dos meus olhos,
Apenas no canteiro tais abrolhos
Enquanto outra esperança eu alimento.


4


Já não mais poderia acreditar
Nos sonhos tão diversos; poesia
E quando na verdade não veria
Sequer o menor brilho de um luar,

A vida noutra face; a se mostrar
Enquanto o que pudera não mais guia
Quem tanto na verdade fantasia
E gera o que tentara desvendar,

Alçando o paraíso aonde pude
Vencer cada cenário e mesmo rude
A juventude morta atrás da porta,

O passo sem sentido se desenha
E o canto noutro rumo sempre venha
Enquanto a solidão no cais aporta.

5

Marcando cada verso com o tempo
De ter e imaginar um novo passo
Ainda que deveras descompasso
O todo se desenha em contratempo,

Errático momento em luta inútil
Amar e perceber noutro segundo
O quanto no vazio eu me aprofundo
E vejo este caminho atroz e fútil,

E sei do meu cenário mais audaz
E nada do que possa se aproxima
Moldando sem sentido algum a rima
E nisto o canto expressa ausente paz.

O verso se desenha noutra forma,
E quando no passado o que se forma
Expressa o que perdi e a morte traz.

6

Ainda que pudesse crer no fato
E nisto presumir qualquer alento,
A vida se transforma e num tormento
O mundo se desenha em desacato,

Ainda mesmo assim nada constato
E bebo do caminho aonde tento
Vencer o mais dorido sofrimento
E nisto outro momento em vão retrato

Recatos variados, em recantos
E neles outros ermos são meus cantos
Matando a sensação de ser feliz,

O quanto pude e tento não veria
Sequer o que deveras a alegria
Um dia sem sentido inda desdiz.

7

Perdoa cada engano de um poeta
Que tanto acreditara noutra sorte,
A vida se desdenha e traz na morte
O quanto poderia e se completa,

A luta no vazio se repleta
E o medo sem sentido não conforte
Quem trama no passado e em cada corte
Adentra este momento em rumo e seta.

A voz já se perdendo sem razão
Os dias entre tantos moldarão
Apenas o vazio e nada mais,

Depois do sentimento mais atroz
Já nada mais calando a minha voz,
Os dias se repetem, são iguais.


8


Vieste desta noite enamorada
Trazendo em teu sorriso o quanto eu quero
E sei deste momento mais sincero
Raiando como à noite uma alvorada,

O todo se aproxima e deixa o nada
Ausente do cenário onde tempero
Meu canto com certeza outrora fero
Agora traz a sorte desejada

Desenhos variáveis, dor e amor
O verso disto tudo refletor
Vibrando com ternura em cada passo,

O mundo se aproxima do apogeu
E o tanto quanto quero e amanheceu
Presume a maravilha que hoje eu traço.

9


Não quero acreditar no que viera
Nem mesmo na vontade sem sentido,
O passo noutro passo resumido
Apascentando enfim a dura fera

O mundo na verdade se tempera
E trama o que deveras sempre olvido
Meu passo noutro rumo presumido
A luta se aproxima do que espera

Uma expressão diversa e mais feliz
Ousando no que possa e sempre diz
Aquém do quanto rompe a cada engano,

E quando me iludira em solidão
Sabendo dos vazios que virão,
Depois de certo tempo enfim me dano.


10


A brisa vai tocando a minha face
Em mansidão suave e juvenil,
Aonde o que pensara a vida viu
E nada na verdade se mostrasse,

Ainda que pudesse noutro impasse
O canto quando o sonho dividiu
Tramando o que eu tentara mais gentil
E o mundo sem sentido maltratasse.

Vagando sem saber sequer aonde
O meu caminho sem sentido já se esconde
E nisto se desenha muito além

Do caos que se improvisa a cada verso,
Meu mundo no teu canto segue imerso
Enquanto a fantasia inda não vem.

1

Já nada caberia no caminho
De quem se fez aquém da liberdade,
Porém ao superar corrente e grade
O tempo noutro sonho eu acarinho

E vivo muito além do ser sozinho
Que tanto se perdera em claridade,
Ousando neste encanto que ora brade
Trazendo cada canto onde me aninho.

Vencer os meus anseios e temores,
Seguir cada cenário enquanto fores
E nisto presumir nova alvorada,

A luta se desenha dia a dia,
Mas quanto mais o sol já brilharia
Traria no final a nova estrada.

2

O tanto quanto possa acreditar
Moldando na verdade o que viria,
E bebo com prazer a fantasia
E nela me permito até sonhar,

Ousando cada passo neste mar
Aonde o meu cenário me traria
Além do quanto bebo em poesia
O brilho que traduz algum luar,

Tristezas? Já não quero e no final
A vida se desenha em ritual
Diverso e molda a paz que tanto eu quis,

Depois de tanto tempo eu sei agora
Que quando esta alegria vem e aflora
Eu posso enfim dizer que sou feliz.


3

Perguntas sem resposta? Sei de tantas
E quando no final nada me dizes
Os sonhos são eternos aprendizes
E neles nada mais tanto garantas,

Ausento cada passo e quando espantas
Deixando tão somente cicatrizes
Os céus que inda pensara serem grises
No fundo noutras cores me adiantas,

Escuto a voz do mar e num marulho
O passo em precisão molda e mergulho
Nos ermos deste fato mais audaz,

O canto sem temor em glória e luz
Ainda quando em nada reproduz
Transcende ao que desejo: apenas paz.


4


Saudade de quem foi e não viria
Ousando muito além deste cenário,
O canto tão sereno de um canário
O tempo se transtorna em melodia,

A lua desenhada em poesia,
O sonho dita além o itinerário
E bebo deste encanto imaginário
Vagando muito além do que podia,

A vida se redime do passado
E quando na verdade teimo e brado
Ousando na esperança mais sutil,

O quanto se apresenta e já se viu
Transporta dentro da alma esta emoção
Moldando os dias claros que virão.


5


Não pude perceber sequer o quanto
Meu mundo sem teu mundo ainda existe,
E quando o coração somente insiste
E vaga sem saber aonde espanto

O passo sem sentido, não garanto
E o quanto se traduz em sonho triste,
O nada se desenha e não persiste
Além desta verdade em medo e pranto,

Ainda que pudesse ser diverso
Meu canto se presume em cada verso
E bebe esta emoção, rara aguardente,

Deveras sou feliz, mas mesmo assim,
Vagando o quanto pude crer no fim,
Apenas outra via se pressente.


6

Já não me caberia acreditar
Nos sonhos mais sutis, felicidade,
E quando meu caminho tanto agrade
Marcando o que pudesse imenso mar,

A luta se transforma e em tal sonhar
Ainda quando rompe a mera grade
O tanto quanto quero em liberdade
Trazendo ao que pudera imaginar.

Ascendes num momento inusitado
Vencendo o que deveras tento e brado
Ousando na alegria de te ter,

Amar e acreditar no que se veja
Ainda quando uma alma mais andeja
Procura inutilmente algum prazer.


7


Cidades tão diversas, sonhos meus,
E o canto se desenha multiforme
Ainda que meu passo se deforme
Preparo a cada instante um novo adeus,

Vagando sem saber dias ateus
Invado o que pudera e já disforme
Sem nada que inda reste ou tanto informe
A vida mergulhando em perigeus.

Ansiosamente procurasse um porto
E sei do quanto possa semimorto
Vagar entre as estrelas mais distantes,

Os erros são comuns a quem se espreita
E nada no final a vida aceita
Sequer o que puderas e garantes.

8

No tempo de sonhar sem ter sentido
Meu canto se apresenta em discordância
Ainda quando quis em tal estância
O sonho na verdade dilapido,

Meu verso não seria mais ouvido
Nem mesmo o que pudera em tal constância
Regendo com temor em discrepância
O quanto se presume e sei perdido,

O caos se desenhando dentro da alma,
A poesia mansa vem e acalma
Trazendo alguma luz, mesmo que frágil,

Sentidos e razões palavras tantas
E nelas outro momento, enfim garantas
Num tempo mais suave audaz tão ágil.

9

Ao quanto se orquestrasse este caminho
Em meio aos mais diversos temporais,
As horas invadindo onde tu trais
O passo mais audaz em vago espinho,

O rumo se apresenta mais daninho
Meu verso entre momentos desiguais
Palavras na verdade mais venais
O tempo sem ter tempo vai sozinho,

O quanto deste encanto já não trago
Brumosa sensação em ledo afago,
Divago e nada tenho em noite imensa,

Ao som deste piano, a noite passa,
A sorte se apresenta tão escassa,
E o tanto que me resta não compensa.

10

Amor que inanição matasse outrora
Já não mais poderia resistir
E quando se desenha sem porvir
Aos poucos cada engano mais devora,

O tempo sem sentido me apavora,
A trama se mostrara e presumir
Seria tão somente o repartir
O quanto na verdade não ancora,

O mundo em sensação diversa e rude
Marcando cada passo como pude
Matando a poesia a cada instante

No rumo sem sentido nada tenho
Somente o que pudera em ledo empenho
E o medo no final nada garante.


1

Meus sonhos em ruínas; trago apenas
Palavras sem sentido e sem razão
Os dias entre tantos moverão
Somente cada engodo onde condenas,

Ainda quando possa em mais serenas
Palavras; reina em nós a ingratidão,
Os dias em fracasso mostrarão
Engodos onde tanto me envenenas,

A sórdida presença da esperança
Ao nada com certeza já me lança
E venço os desafios? Nem sei mais...

Aonde quis luzeiros, resta o nada
A noite que pudera enluarada
Expressa estes anseios ancestrais.

2

À beira deste mar que não viria
O sonho se perdendo sem sentido,
O passo noutro engodo presumido
Marcando com temor esta agonia,

A luta não traria a fantasia
E o canto na verdade nunca ouvido
Enquanto a cada engano mais me olvido
Do tempo que deveras não teria.

As ansiedades dizem do passado,
E quando a cada engano enfim me evado
Percebo o que pudesse ser assim,

No pranto desenhado a cada engano,
Aos poucos na verdade se me dano,
Chegando pouco a pouco ao ledo fim.

3


Segredos do passado, eu desconheço,
Vagando sem sentido e sem temor,
Ainda quando pude noutro amor
Traçar o que talvez dita endereço

E a cada novo passo outro tropeço
Ousando na verdade decompor
E sei do meu caminho em tal pudor
Deixando para trás o que mereço.

Presumo alguma luz e não viria
Sequer o que pudesse em harmonia
E nada mais teria senão isto,

Depois de tanta luta inutilmente
O quanto se tentara e a vida mente
No fim da imensa luta; eu já desisto.

4


Quem possa mais amar trazia além
Do tempo quando o tempo diz do farto,
A lua que invadira outrora o quarto
Decerto já sem brilho não mais vem,

E o passo se aproxima e com desdém
O tanto quanto alerto e assim comparto
Renega esta esperança aborta o parto
E deixa o meu caminho onde não tem,

Apreços entre enganos e temores
Seguindo cada passo aonde fores
Em flores e jardins? Bem que eu queria,

Mas sei do inútil tempo a se mostrar
Gerando o que pudesse imaginar
No todo em incerteza ou agonia.


5


Na sombra quero a luz que amor moldasse,
Mas sei do meu passado e no futuro
Cenário se mostrando além e escuro
A vida se traduz em turva face,

E quando no final o nada eu grasse
Apresentando enfim o que asseguro
Marcando com temor o quanto juro
E tantas vezes morro e nada trace

Senão a desventura costumeira
De quem com tantas luzes tanto queira
Vencer os dissabores, ser feliz,

O marco desenhando cada ausência
Aonde se buscara em coerência
Apenas o que o canto já desdiz.


6

A lua se desenha na minguante
E o tempo se anuncia após o caos
A luta entre diversos traz aos maus
O quanto esta mortalha me garante,

O cerne apodrecido, num instante
Ainda se presumem tais degraus
E os olhos variando noutros graus
Os cantos num cenário horripilante,

Correntes arrastando; uma esperança
Ao longe se perdendo não alcança
Senão as mesmas torpes velharias,

Nos antros de tua alma carcomida
O quanto se restara em leda vida,
Aos poucos sem temores matarias.

7

Aclaro o pensamento e busco além
O que já não me cabe e nem pudera
Sentindo mais diversa a primavera
O tanto quanto quero já não vem,

Ausento dos meus passos, sou ninguém
E trago a cada instante a velha fera
E nela se teimasse a primavera
Somático momento nega o bem.

Bafejos desta audaz e torpe morte
Sem nada nem o sonho me conforte
E o manto se apodrece devagar,

Amante das escuras madrugadas
As noites entre tantas mais nubladas
Procuro ainda um raio de luar.

8

Engenhos variados, dias tais
Aonde o meu caminho em vício e medo
Apenas ao final tanto o concedo
Vivendo entre diversos vãos cristais,

Momentos que julgara entre fatais
Cenários desenhando este degredo
A vida não traria um só segredo
Os sonhos que inda trago; ocasionais,

O preço a se pagar já não perfila
E a sorte desdenhosa cala a lira,
A vida não renova o que mais quis,

Carcaça tartamuda segue vaga,
E o quanto poderia e enfim divaga
Não deixa que se veja outro matiz.


9

Aonde se presume o que inda existe
O verso não traria qualquer sorte,
E sei do que deveras me conforte
Ainda quando sigo olhar em riste

Negando o que pudera e assim persiste
Sem ter sequer alguém que me suporte
O todo desairoso noutro norte
Meu canto se desenha bem mais triste,

Ocasos entre casos, caos e medo,
E quando no final nada concedo
Senão a minha luta desvairada,

A morte se aproxima e na tocaia,
Ainda que deveras não me traia
Transforma o muito pouco agora em nada.

10

Equiparando os sonhos, só me resta
As sortes do diverso funeral,
E o tempo se moldando noutra nau,
Ainda se aproxima desta fresta,

A luta tantas vezes mais funesta,
O corte se apresenta bem ou mal,
O calafrio dita o desigual
Caminho entre rancor temor e festa,

Das brumas e das turvas noites vãs
No vórtice dos passos, as manhãs
E os ermos entre enganos, costumeiros,

Ainda que pudesse crer no eterno
Apenas adentrando o tosco inferno,
Já não conceberia mais luzeiros.

Não quero nem tampouco poderia
Ousar em ser além de meramente
Um sonho onde se veja ou mesmo tente
Rondar a deusa imensa: poesia.

O canto quando feito em harmonia
Domina sem defesas nossa mente
E o tanto que se vendo se apresente
Expressa a divindade em melodia.

Das Musas, deusas, ninfas, a mais bela
Aquela que em magias nos revela
A sacrossanta e rara luz que eclode

Num raro e bom momento em glórias feito,
E quando nestes versos me delito
Um mundo em tom superno nos açode.



1

A vida deste vago observatório
Mostrasse num momento outro cenário
E o tom que se fizesse mesmo vário
Pudesse demonstrar o peremptório

Caminho aonde o mundo em território
Diverso se desenhe em relicário
E quando se desnuda solidário
O sonho vai além do parlatório.

E traz cada momento e novo brilho
E neste desvendar o quanto eu trilho
Converge com certeza, rumo e sorte,

Assim o meu delírio se moldando
No passo mais suave desde quando
O encanto sem igual já nos conforte.

2

Não tive melhor sorte quando quis
Vencer os meus anseios no passado,
E o tempo noutro rumo agora evado
E sigo o que pudesse e sou feliz,

A vida se desenha em tal matiz
E nisto em novo passo se me agrado
Presumo da esperança este recado
E nele todo o sonho em que me fiz,

Poética expressão em verso e prosa
A luta se desenha e majestosa
Enfrenta os temporais e vence todos,

Assim a própria sorte nos transforma
E quando o coração ditando a norma
Enfrenta com firmeza os vãos engodos.

3

Arão, na majestade de teus versos
Beleza sem igual, sublime passo
Ousando aonde o sonho é mais escasso
Trazendo para cá mil universos,

E quando vejo os cantos, pois emersos
A vida dita; em paz, raro compasso
Destarte o quanto é belo traz um laço
Aonde se aproximam tons diversos,

E tendo esta certeza do que é belo
Ousando na palavra este rastelo
Que ceva este futuro mais brilhante,

Perdoe, mas sei bem quanto és capaz,
E nisto no final lapidarás
A cada novo verso um diamante.

4

Num paralelepípedo jogado,
Cadáver da esperança velha pária,
A luta tantas vezes temerária
O quanto se traduz enquanto evado,

O corpo apodrecido, enfim degrado
E sei da mesma senda solitária
Ousando na palavra que é contrária,
Mas tem sentido audaz e desejado.

Num átimo mergulho neste anseio
E quanto mais deveras eu receio
A vida se anuncia com firmeza,

Meu verso se presume e sei tão bem
Do quanto poderia e sempre vem
Gerando e transformando a correnteza.

5

Já nada mais coubera além do fato
Gerado pelo sonho em tom febril,
O amor quando demais além se viu
E neste caminhar tanto constato

Meu verso com firmeza; se o resgato
Gestando dentro da alma em raro ardil,
O quanto poderia e mesmo vil,
Aos poucos noutro passo me retrato,

Amar e ter no passo em frenesi
Certeza do que tanto concebi
Vibrante sensação de ser bem mais,

Ainda que pudesse ser diverso
Trazendo para esta alma outro universo
Mergulhos entre mundos siderais.


6

O quanto no hipocampo guardo fatos
Diversos que vivera no passado,
E neste desenhar o maltratado
Caminho se traduz noutros retratos,

Os dias são diversos e em tais atos
O tempo poderia desenhado
No caos aonde apenas se me evado
Resumo o que tivesse em tons ingratos,

Espero após a curva outra palavra
A luta na verdade não se lavra
E o medo se anuncia no punhal,

Ainda quando quis a reticência
A vida não pudera em consciência
Traçar outro momento desigual.

7

Além do que pudesse em tal orquídea
Beleza sem igual, insuperável,
O sonho aonde o quis quase palpável
Palavra que deveras não diz mídia

Sem nada que pudesse nem tentasse
Ousando num silente caminhar,
A luta se desenha e enfrento o mar
Oferecendo ao todo a minha face,

Resplandecente tom em esperança
Esverdeada luz que agora vem
E quando se aproxima diz de alguém
Aonde o meu caminho em paz se lança

Depois de certo tempo, solidão,
Já não teria mais qualquer razão.

8

Não pude acreditar noutro caminho
E vejo apenas isso e nada mais,
Ainda que pudesse em desiguais
Cenários; vou mantendo o velho ninho,

E quando mansamente eu me avizinho
Dos tempos entre tantos, magistrais
Ousando acreditar nestes cristais
Deixando para trás qualquer espinho,

Negar o quanto tenho dentro da alma,
Já na verdade nada mais acalma
Quem fez da poesia o seu alento,

A luta se aproxima do final,
E bebo com certeza o que afinal
Em meio aos temporais diversos, tento.


9

Um astro se perdendo neste espaço
Sem rumo e sem saber da direção
Aonde se desenha sem razão
O tempo noutro canto mais escasso,

O preço a se pagar, audaz e lasso,
Enfrento a cada engano um furacão
Vibrando com ternura em erupção
O marco desenhado em paz eu traço,

Espero alguma sorte e nada vem,
Ainda quando resta um raro bem
Alheio mais sutil cenário eu sigo,

Após a derrocada deste sonho,
O quanto ainda quero e mal proponho
Jamais traria assim junto comigo.


10

A flor sempre mais bela do jardim
Ditando com amor esta emoção
E nela novos dias mostrarão
O quanto tanto anseio dentro em mim,

Não posso controlar e sei no fim,
Além do que pudesse uma razão
Meu mundo no teu lado em explosão
Dourando o quanto quero e sei enfim,

Vagando sem temor, noites diversas
Palavras entre as quais em paz tu versas,
Num corpo delicado e sensual,

Cenário em absoluta liberdade
Meu sonho te deseja e na verdade,
O amor que segue além: consensual.


1

Semblantes tão diversos, sonho e ocaso,
O tempo não presume novos passos
E sei quanto pudera nestes traços
Viver o que emoção ditando, aprazo,

O verso segue além do quanto atraso
Meus olhos entre versos mesmo lassos
E sinto esta verdade aonde os laços
Estreitam cada dia onde me abraso,

No quanto ser feliz pudesse além
E na verdade o mundo inda convém
Ao sonhador os passos mais sutis,

Depois de certo tempo, em dor e medo,
Ao todo com certeza me concedo
E sei do quanto possa e mesmo quis.

2

Nesta áurea Minas vejo este poeta
Irradiando em Marco além do sonho
E cada novo encanto onde me ponho
A sorte de tal monta se completa

Ousando agradecer a tão dileta
Palavra de quem sabe e assim proponho
Viver em consonância este risonho
Caminho aonde a vida em paz, repleta,

Neste horizonte belo, nas Gerais
Ainda ouvindo raros madrigais
Na voz deste que traz pura emoção,

Assim, querido amigo, meu irmão,
Estendo com prazer a admiração
Aos versos que tu fazes: magistrais!!


3

Ainda quando a sorte não pudesse
Traçar outro caminho ou mesmo até
Regendo com ternura a nobre fé
E nisto se presume a rara messe,

O quanto da palavra o tempo tece
E o risco de sonhar por ser quem é
Transcende ao mais sublime e do sopé
Imagem mais perfeita transparece.

O canto em concordância, em harmonia
E o tanto quanto pude e mais teria
Pousando mansamente no teu peito,

Ainda quando pude acreditar
A vida trouxe o raro bafejar
E neste desenhar eu me deleito.


5


Amiga tantas vezes se permite
Um dia mais feliz, ou pelo menos
Momentos que pudessem mais serenos
Ultrapassado a dor, vago limite,

E quando na verdade o sonho dite
Trazendo novos passos raros plenos
Os olhos buscam fatos mais serenos
E neles cada verso em paz palpite,

Ousando acreditar e ser feliz
No tanto quanto pude e mesmo quis
Vencer os meus tormentos e desditas,

Assíduo sonhador; agora eu trago
Meus olhos num momento em raro afago
E sei das nossas sendas infinitas.

6


Meu canto se aprofunda enquanto busco
Vencer os meus tormentos e procuro
Após o desenhar em tom seguro
O sonho que pudera em lusco fusco,

Assim cada momento mesmo brusco
Gerando outro sincero e enfim perduro
Traçando o quanto veja além do muro
Sabendo ser meu verso mais velhusco,

Apresentando o sonho em despedida
E a luta noutras tantas envolvida
Seara sem temor, mesmo horizonte

Aonde perfilasse esta emoção
Os dias entre tantos me trarão
A rara fantasia onde desponte.

7

O mundo se resume a cada instante
No fátuo delirar de quem processa
A luta que deveras sem promessa
Apenas o vazio em nós garante,

O todo se moldara alucinante
Somente o quanto tenho e me interessa
Ousando na palavra que tropeça
Momento sem igual e deslumbrante,

Acolho sem sentido algum o sonho
E quando noutro ensaio eu me proponho
Expressamente trago esta esperança

E dela cada verso segue além,
Marcando o que pudera e inda convém
Além do que decerto nos alcança.

8

Uma expressão tão rara em fantasia
Permite o quanto dite o coração
Moldando a cada instante a direção
Numa expressão mais nobre: poesia.

Que tanto nos traduz em alegria
Ou mesmo nos provoque esta emoção
Prevendo dias nobres que virão,
Além do quanto sonho ou mais queria,

Amigo, nos teus versos eu desenho
O mundo aonde cada novo empenho
Ultrapassando a vida se eterniza,

Um trovador rendendo esta homenagem,
Meu pensamento agora em tal paisagem
Encontra em harmonia a suave brisa.


9

Nas tantas alegrias, versos nobres
A luta se desenha sem descanso
E quando no final em ti alcanço
O sonho onde deveras nos recobres,

As sensações diversas que descobres
Ousando muito além deste remanso
Um coração audaz e às vezes manso
Transcende ao quanto queres e recobres,

O preço que se paga por amar,
Jamais eu pude ver e até sonhar
Com toda esta certeza em versos tais,

Trazendo em harmonia o quanto toca
Quem sabe da certeza e além da roca
Invade praias belas, magistrais.


10

Navego sobre as ondas, meu saveiro
Já sabe deste cais que vê além
E o todo na verdade mais convém
A quem se deu deveras mais inteiro,

O canto se pudesse derradeiro
O tanto quanto possa e já contém
Traduz esta emoção e sei tão bem
O mundo se entregando, verdadeiro,

Apraz-me recordar cada momento
E sei do quanto possa e sigo atento
Ao mágico cenário em poesia

Vestindo alegoria em tom suave
Meu canto já se atreve e feito uma ave
Aos sonhos mais diversos levaria.


1

Enquanto a própria vida nos ensina
A termos muito além de mero sonho,
O tanto que desejo e assim componho
Explode na emoção em rara mina,

Emana-se do canto e determina
A lida aonde o todo ou mais proponho,
Viceja dentro da alma o bem que ponho
Na senda mais audaz, uma menina,

Saudade do que foi e não voltara
A luta se desenha e quando é clara
Esta certeza dita novo rumo,

Uma esperança a mais, noutro momento
E quanto mais o verso que alimento
Expressa o quanto quero e em paz consumo.

2

Não tive e não teria a menor chance
De ser o que pudera e desejasse
Ao superar em paz qualquer impasse
Ao todo num segundo sempre avance

E sei do quanto vejo em tal romance
E nisto nova senda se traçasse
O prazo no final determinasse
O quanto se desenha e mais alcance,

A sorte se anuncia noutro instante
Destarte cada passo se garante
Moldando uma alegria sem igual,

O sonho se apresenta após o nada
E vejo esta manhã anunciada
Num sólido cenário magistral.

3

Não tento acreditar no que não veio
E nem pudesse mesmo, sendo assim,
O mundo se tramando dita enfim
O quanto se apresenta em tal receio,

Expresso cada verso e sigo alheio
Ao tanto que pudesse em estopim
Minha alma liderando este motim,
O tempo desdenhoso em devaneio,

Ascendo ao que tentasse mais diverso
E quando para além do todo eu verso
Um átimo transforma toda a senda,

Depois de tanto tempo sem sentido,
O mundo aonde o canto agora olvido
Nem mesmo a poesia ora desvenda.


4

Encontro cada traço, aonde outrora
A vida não moldasse uma esperança
E quando no final o tempo avança
Marcando aonde a sorte desancora,

O tempo sem sentido me apavora
Ainda guardo viva esta criança
E nela novo rumo em semelhança
Apenas o vazio ainda aflora

E sigo sem sentido e privilégio
O todo quando o quis audaz e régio
Na esplendorosa fonte em harmonia,

O cântico se traça a cada instante
E o manto mais sobejo e deslumbrante
Traduz o quanto possa e até queria.


5

Fazendo do soneto este alimento
Que esta alma necessita e se provê
A vida se desenha em tal por que
E o verso; aonde tanto me fomento

Expressa o que pudera num momento
E flórea fantasia a sorte vê
Vencendo tantas vezes traz um quê
Aonde pude ver um raro alento,

Mergulho nos teus braços, namorada
E sei da sorte além sendo tramada
Apraza-me saber desta ventura

E quanto mais tentasse outra diversa
A lua sobre nós imensa versa
E traça cada raio com ternura.

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