RAISSA
Depois da tempestade esta bonança
Que tanto agora acalme quem outrora
Vivendo a sensação que em dor aflora
Marcando o quanto possa e não avança,
O mundo de tal forma ao vão se lança
E a sorte noutro instante aonde ancora
Expressa esta aversão que nos devora,
E deixa demarcada na lembrança,
Porém quando em Raissa tudo muda
A dor que poderia ser aguda
Amenizada e em paz, raro esplendor,
Emoldurando na alma o sentimento
Que trazes e deveras num alento,
Resume-se decerto em farto amor.
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