sexta-feira, 23 de setembro de 2011

23/09/2011


Amor é festa imensa que recheia
Uma alma de ilusões e nada mais,
Aonde na verdade transformais
A lua não se veja mais alheia,

Repare cada farsa que incendeia
E gere noutro rumo os vendavais
E neles esperanças são meus cais.
A luta noutro passo devaneia.

Tocando a quente areia desta praia
Ainda quando aquém o sol desmaia
A sensação que resta tanto traz

O medo de quem busca novo fato
E sei que no final nada constato
Senão a mesma face mais mordaz.

2


Ninguém do quanto eu quero mais duvida
Senão a porta traz esta verdade
E gera no que possa a liberdade
Marcando com ternura uma saída.

Palavra noutra face resumida
Versão que na certeza em que me invade
Ainda quando busque a qualidade
Apaziguando na alma esta ferida.

O verso se aproxima em tom sublime
Do quanto com certeza já suprime
O prazo sem igual em farpas, medo.

E assim cerzindo apenas o abandono
Um canto sem sentido apenas clono
E de tal forma morro quieto e ledo.

3

Ao gozo sem igual à lua plena
Adentra ao coração esta esperança
E nada do que outrora em noite mansa
Pudesse extasiar quando serena.

A morte noutro tanto que envenena
Gerando a sorte em rude confiança
Meu passo se perdendo tanto cansa
E nisto se moldasse a dura cena.

Percalços tão comuns de quem sequer
Tentara acreditar no que vier
Ou mesmo ronde o medo em tal tormento.

Meu verso se inundando do vazio
Apenas noutro passo o desafio
E nisto cada sonho agora invento.

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