Oh! Minha amada! Que tristura sinto!
É grande a solidão que em mim s’aninha,
Andando ao léu relembro que eras minha,
Das horas de prazer, do vinho tinto.
Tu sabes que tu és minha rainha,
Sem ti a minha morte eu pressinto
E vago neste escuro labirinto,
Sentindo o próprio fim que s’avizinha.
Não sei viver sem ti, ó, minha amada!
Pensando em ti eu passo a madrugada
E assim me morro à míngua, meu amor.
Tu és razão de meu viver, querida,
E entrego em tuas mãos a minha vida
Porque és minha vida, minha flor!
Edir Pina de Barros
Amado quando vejo em teu olhar
O sonho mais suave e mais audaz
O tanto que esperança a vida traz
Permite neste instante mergulhar,
Melífera expressão de céu e mar,
O mundo que deveras satisfaz
Pudesse plenamente ter na paz
O quanto em ti procure revelar,
Nas tramas e nas chamas mais vorazes
Razão para viver, e tanto fazes
Que a vida em novas fases renascesse,
Do sonho mais sutil que me entranhasse
O raro amor ditando o desenlace
No quanto nosso sonho oferecesse.
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