ATROZ E INFANDO
Zarpando para além do quanto um dia
Versasse sobre o fato improcedente
E marca com temor o decadente
Tormento que deveras se veria,
Não mais desenho em paz a fantasia
E sei do quanto possa imprevidente
Ainda quando o mundo apenas tente
Traçar além da farsa amarga e fria,
Negar o quanto houvera e nada tendo,
Somente o mesmo fardo em tom horrendo,
Manietado rumo nos vergastando,
A morta mocidade, imenso pélago,
Agora mero atol onde arquipélago
Perdera-se num tom atroz e infando.
Marcos Loures
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