domingo, 17 de junho de 2012

LEMBRO-ME DE TI

LEMBRO-ME DE TI

Mal nasce o dia; lembro-me de ti.
Do tempo em que vivemos mesmo ninho.
Agora é que percebo o que perdi
Na adega da esperança sem teu vinho
O mundo desabou, descolori
O brilho da manhã, fiquei sozinho...

Uma emoção distinta que se aflora
Mostrando um paladar de nostalgia.
Uma ave que se foi, bela e canora
Deixou este silêncio em agonia.
De tudo o que tivera, sem aurora,
Renasce nebuloso cada dia.

Eu digo o quanto te amo, não me escutas?
Pomar morreu em flor, sem gosto e frutas...

MARCOS LOURES

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