NÃO DEBRUCES NO PASSADO
Amiga; não debruces no passado,
Janela apodrecida desta casa.
O rosto destruído e bem marcado
Um fogo que, jamais, de novo abrasa.
Vestido já puído, abandonado;
A vida qual a traça assim defasa
O que se foi perdido e destroçado,
Relógio da esperança não se atrasa.
Perceba quanto amor te trago aqui,
Perceba quanta dor ele te trouxe.
Promessa que te fiz não esqueci
De estar ao lado teu haja o que houver.
O mel que tens na boca mostra, doce,
Amiga, as tuas ânsias de mulher...
MARCOS LOURES
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