BEM VINDO
Bem vindo ao nunca mais retornarás,
Um prisioneiro apenas, nada mais.
O coração sem tréguas aqui jaz
Morrendo pouco a pouco, esquece o cais.
O vento libertário sempre traz
Em gestos delicados, sensuais
O quanto desejei tempos atrás
Nos gozos dos eternos carnavais.
Mas sei que tão somente o quanto tive
Não serve de desculpa, sigo preso
Às algemas da sorte que não vem.
Não tendo mais querer algum que prive
Levito no teu corpo, perco o peso
Até que não me sobre mais ninguém...
MARCOS LOURES
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