domingo, 28 de outubro de 2012

EM CADA OLHAR

EM CADA OLHAR

Pudesse em cada olhar, belo luzeiro,
Vagando entre mil trevas, sem cansaço,
O peito sempre aberto, pantaneiro,
Nas marcas que ficaram deste abraço.

O vento tantas vezes companheiro,
Nas mãos, com precisão, mantendo o laço,
O sonhador voraz e costumeiro,
Conhece desta estrada cada traço.

Estrelas que me guiam noite afora,
Fogueiras acendendo, boa janta,
Minha esperança viva, cega e tanta,

Enquanto a fantasia me decora,
Eu bebo do ribeiro, água tão clara,
E o sonho, aventureiro, os pés, ampara...

MARCOS LOURES

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