LASCÍVIA
Dentro em mim, te levo vivo
És minha luz e farol
Me descubro ao teu sorriso
E me arrosta um vendaval
Sensação de paraiso
A levitar o meu corpo
Amor no meu peito inciso
Me oferenda em doce horto
E me agarro aos teus cabelos
E me perco em louca grita
Na convulsão dos apelos
Teus desvelos que me excitam
Tua boca que me cala
Nossas roupas pela sala...
Alguém
Colhendo cada flor que me ofereces,
Fazendo do meu quarto este jardim,
Certeza de que ouviram minhas preces,
O mundo renovou-se dentro em mim.
Lasciva, enlanguescente, deusa nua,
Estampa em sua face este sorriso,
Minha alma em conjunção, cedo flutua
Atingindo o Nirvana, o Paraíso...
Nas ânsias desde sempre decifradas.
Teus seios, minhas mãos, bocas e língua
Bandeiras entre sedas desfraldadas,
O amor não morrerá jamais, à míngua
Guerrilhas entre montes, vales, lutas
Invado tuas furnas, doces grutas...
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