domingo, 28 de outubro de 2012

MEU AMIGO...

MEU AMIGO...

Santa hora da morte eu já rejeito
adornando a doença que corrói
com a força latente que em meu peito
ganha pulso e a tristeza, então, destrói.

A dormência me segue e não tem jeito
hei de um dia aquecer corpo que mói
ao poeta e não tem sequer respeito,
pois castelos bonitos, eis, constrói!

Nova vida é um fato que o espelho
me fez ver nos milagres contundentes;
é que eu tenho meu próprio Mar Vermelho

e navego em mim mesmo, entrementes
não sou desses que pode dar conselho
eu sou puro milagre em meio a entes.

Ronaldo Rhusso

O quanto em desafios traz a vida,
Misteriosamente faz milagres,
Porquanto tanto amor; deveras sagres,
Encontras com louvor uma saída.

A sorte do viver jamais se olvida,
Mesmo quando há acidez, velhos vinagres
No amor que a cada dia mais consagres
Adiarás decerto as despedidas...

Poeta tendo uma alma imorredoura,
Em plena tempestade, ele se doura,
Erguendo o seu olhar, vê sempre além.

A morte leve o corpo, deixa a fama,
Mantendo na palavra a imensa chama,
Que eterna, vez em quando sempre vem...

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