domingo, 28 de outubro de 2012

MINHA TERNURA

MINHA TERNURA

Vem,
e sinta
minha ternura,
a nos contagiar ...
(ivi)


Sentir tua presença, mansa e terna,
Deliciosamente, estou em paz,
Que eu seja pelo menos mais capaz
E acorde o coração que agora hiberna...

Fazendo da esperança uma lanterna,
O brilho deste olhar, a noite traz,
Perdido em plena treva, mas audaz,
Uma alma que se entrega não inverna,

E teima em descobrir doces delírios,
Distante dos rancores e martírios,
Abrindo as minhas portas e janelas...

E quanto finalmente escuto a voz,
A solidão desaba em sua foz,
E um mundo belo e mágico; revelas.

MARCOS LOURES

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