THE WALL OF MIRRORS
Espelho refletindo noutro espelho
Mosaicos que traduzem o meu rosto,
Em trágico espetáculo se exposto
Traduz ao que em verdade me assemelho.
Na frágil consistência de um conselho,
A vida se invernando, eterno agosto,
Afasto-me das coisas que mais gosto,
E entrego-me ao vazio, de joelho.
As cartas e os recados foram tantos,
Meus medos não bastaram, vou morrer.
E quando isto eu percebo, passo a crer,
Que apenas coletando desenganos,
Fiz nesta vida o imenso mausoléu,
Tentando pelo menos, crer no Céu..
MARCOS LOURES.
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