sexta-feira, 1 de fevereiro de 2013

QUANDO

QUANDO

Quando esperei saudade encontrei riso.
Quando procurei vida, achei distância...
Quando quis a vontade, eis inconstância!
Nas vezes em que louco; fui preciso...

Quando só busquei guerra, paraíso...
Se quis maturidade, tive infância.
Nesse mar que sonhei, só sei estância...
Quanto mais me escondia; mais aviso.

A saudade brincando foi criança,
Na mortalha infinita do teu canto.
Quem sempre procurava, não avança.

Nos meus sonhos serranos, precipícios;
No que quis ser vadio, resta o pranto;
De teu amor nada resta, nem resquícios!

MARCOS LOURES

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