Andrógina figura, bela fêmea
Desnuda-se deveras em meus sonhos,
E sinto estes prazeres mais risonhos
Numa alma que se mostre quase gêmea.
E sem saber sequer quem inda teme-a
Momentos solitários enfadonhos,
E tantos pesadelos vãos, medonhos
Sem ter aonde e como em luz algeme-a
Bebendo dos prazeres que me dá
Delito cometido em tom voraz,
E quando neste espelho satisfaz
Embriagada e lúbrica sei já
O quanto é necessário ser feliz,
Não importando ator, ou mesmo atriz.
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