Não pense que me agrade esta incerteza
Do tempo feito em rudes temporais
E vejo os meus anseios tão banais,
Qual fossem iguarias nesta mesa.
Reporto-me ao que fora fortaleza
E sinto o quanto tudo destroçais,
Sabendo finalmente que jamais
Eu venceria a firme correnteza.
Ousasse num segundo acreditar
Nas várias ilusões, mas o que faço
Se o mundo aonde sigo em descompasso,
Já não me bastaria p’ra sonhar,
Apenas um remendo em pesadelo,
Neste horizonte feito em tal desvelo.
Um comentário:
gracias insigne poeta por regalarnos tus bellas y profundas letras, no escribo portugues pero lo entiendo muy bien pues mi marido es de Lisboa, un besin de esta amiga admiradora.
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