sábado, 30 de julho de 2011

TARDE NEBULOSA

A tarde nebulosa trama a noite
Em gélida expressão, dura e sombria,
E o quanto do meu sonho ainda havia
Traduz o que deveras mais acoite,

O vento se mostrando em rude açoite
Negando o que pudesse em harmonia,
A luta noutro tom se perderia,
E assim na solidão eu já pernoite.

O canto sem sentido, a voz mais rouca,
A sorte se inda houvesse, muito pouca,
O medo dominando este cenário,

O quadro a traduzir rusticidade
As luzes tão distantes da cidade
Gerando cada espectro imaginário.

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