Ouvindo a velha voz que me acompanha
Há tanto desde quando te perdi,
Traduz o que em verdade trago aqui
E sei da solidão em rude sanha,
O passo sem sentido, a vida estranha,
E tento acreditar, mas percebi
O quanto poderia e vivo em ti,
O tempo sem proveito em vã campanha.
O peso de uma vida me envergando,
Já não pergunta mais nem como ou quando
Apenas expressasse o que inda resta.
O verso- sobretudo- traduzisse
Além do quanto reste em tal mesmice
A sórdida expressão em riso e festa.
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