Eu canto simplesmente por prazer.
Desafinada a voz, resta a palavra.
Embora tanta coisa por dizer,
Um lavrador escolhe sua lavra.
Poderia dizer da dor terrível,
Da solidão, do medo e da saudade.
Do mundo que derrama mal incrível
De todas as agruras, na verdade...
Poderia falar deste vazio
Que toma todo peito vem em quando.
Da seca, da miséria ou mesmo o frio,
Que queima; que tortura e vai matando.
Em meio a tanto mal e tanta dor,
Recheio esses meus versos com amor!
Nenhum comentário:
Postar um comentário