PERMITE QUE SE VEJA
Permite que se veja tal colosso
Traçando com denodo o quanto queira
Da vida sem saber da verdadeira
Noção que se tentasse além do fosso.
Mergulho no vazio e deste poço
Apenas a versão mais corriqueira
Transcenda ao que pudesse em tal ladeira
Gerando tão somente este alvoroço.
Retendo em minhas mãos cada momento
Encontro o que de fato vejo e tento
Sentir nova expressão sem mais porvir.
O quanto se anuncia a cada instante
Deveras noutro tanto se garante
Matando pouco a pouco o que há de vir.
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