ABISMO DOS GOZOS IMPROVÁVEIS
Nos abismos dos gozos improváveis
Anseios entre bocas, pernas, seios,
E sinto esta loucura sem receios
Em noites e mistérios insondáveis
Os campos, todos eles são aráveis
Adentro sem pudor em quaisquer veios
Nos corpos endeusados, banqueteio-os
Estrelas dos meus céus são incontáveis,
Os homens e mulheres, minha vida
Que possa parecer a ti, perdida,
Traduz a plenitude a cada toque
E vivo sem perguntas nem respostas
As cenas entre luzes sendo expostas,
Intensas sem sequer nenhum retoque.
VALMAR LOUMANN
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