sexta-feira, 27 de janeiro de 2012

7/01


Dos céus se espalham raios em cristal,
E o tempo desarvora e nos transforma
No quanto a própria vida em tal reforma
Tramasse novo tempo, desigual,

Meu verso se desenha bem ou mal,
E o tanto quanto quero nada informa
Somente da semente a viva forma
Que trame novo dia em ritual.

Apenas não teria qualquer chance
E sei quando em vazios já se lance
O passo mais atroz e não contido,

O braço sem a força que pudera
Talvez sempre estancar a dura fera
Num tempo noutro tanto repartido.

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