segunda-feira, 21 de maio de 2012

A ASA QUE RESTOU

A ASA QUE RESTOU

Não faça meu amor, um reboliço
Que espante o sentimento que chegou,
A flor que com o tempo perde o viço
O vento da saudade magoou.

Se mexe com amor, no duro ofício
De ser um simples, velho trovador,
O mundo vai ficando tão difícil
Depois já quase nada me restou.

Apenas a vontade de saber
Se o rio desemboca em grande mar.
Procuro por teus olhos, mas cadê?

Menina que levou meu sentimento
Pra tão longe daqui; como chegar?
Minha asa que restou? Do pensamento...

MARCOS LOURES

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