Mais Nada...
Mais nada do que fomos poderia
Trazer algum alento ou mesmo a paz
E a senda quando o pouco se desfaz
Presume a face atroz, rude e sombria,
O mundo se moldasse em fantasia,
Porém o quanto quis deixei atrás
E o verso noutro instante não me traz
Além do velho passo à revelia.
Errático asteroide, eu sigo aquém,
Mostrando o quanto resta e mesmo tem
Nas mãos o sonhador agora morto,
Recôndita ilusão negando o canto,
Expondo minhas dores, desencanto,
Das ilusões tramasse algum aborto...
Marcos Loures
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