MEU VERSO
Meu verso como faca corte e gume,
Vagando pela noite sem limites.
Dos vales mais profundos; ganha o cume
Da dor que não aceita mais palpites.
A flor que pede espinhos sem perfume
Impede que meus olhos; nunca fites.
Um sonho: ser feliz nunca se assume
O risco de viver? Não me limites!
Meus pés são minhas asas, vão libertos
O gosto da discórdia me atraindo.
Tragando os insalubres, vãos desertos
Sou parte do que fora o não ter sido.
As máscaras aos poucos vêm caindo
Na farsa em que imbecil; tenho vivido...
MARCOS LOURES
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