ADAGAS
Adagas disfarçadas num sorriso,
Soando dentro da alma em cores pálidas
Ainda que se façam quase cálidas
As frases ditam erros e os matizo
No ser grisalho e tosco, este impreciso
Momento onde se vejam as esquálidas
Figuras que julgara antes, crisálidas,
Agora amortalhadas, sem mais siso,
Os olhos entranhando estes corpúsculos
De sonhos transformando em tão minúsculos
Arcaicos versos mortos de um fantoche,
E nada serviria de argumento
Ao quanto se perdera e nada tento
Enquanto a vida eclode em tal deboche.
Marcos Loures
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