Mentecapto.
Um mentecapto segue e sem paragem
Tentara imaginar o quanto existe
Na face mais cruel que inda persiste
Deixando para trás qualquer aragem,
Trazendo uma ilusão, podre bagagem,
O olhar se faz ausente e sente o triste
Arfar do quanto possa em cruz e chiste,
Vivendo a cada verso uma bobagem,
Nos dias condenados ao fracasso,
O canto se tomando em fado escasso,
No lasso aonde o laço se rompera,
A vida se esvaindo lenta e rude,
Derrocadas transformam quanto pude
Não deixam nem pavio, frágil cera.
Marcos Loures
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