ALGUMA FRESTA
Ausente do que fora outrora luz
Augúrios prescrevendo a claridade
Envolto neste templo onde degrade
O tempo mais disperso me conduz,
Amando sem saber onde me pus,
Vagando pelas tramas da cidade
Bebera o que se quis felicidade
Restando a solidão que faço jus.
Dos dias mais audazes, rudes, bélicos,
Dos magos desenhares mais psicodélicos
Desdéns e sofrimento, o quanto resta,
Meu mundo se mostrara ora esquelético,
E o canto se perdera e sigo cético
Tentando imaginar alguma fresta.
Marcos Loures
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